Monstros Clássicos #6 - Drácula

Fala galera! Finalmente chegamos ao último capítulo (o penúltimo encontra-se aqui) da nossa saga de monstros da Universal. Para encerrar a nossa pequena aventura, o escolhido foi aquele que sem a menor sombra de dúvida, é o mais famoso de todos os filmes assistidos até aqui: Drácula.

Sinopse: O Sr. Reinfield, um advogado londrino, chega na Transilvânia a caminho do Passo Borgo onde tem a tarefa de se encontrar com seu cliente: O Conde Drácula. O que parecia ser uma comum viagem de negócios se torna um conto de terror em que o conde quer ampliar seu reino de trevas para além dos muros de seu castelo.

Sendo conhecedor de que duração era uma limitação técnica da época em que a fita foi produzida, eu propositalmente vou passar pano para o fato de que esse filme mastiga e cospe fora 80% das páginas do impecável romance de Bram Stoker e analisá-lo como se não fosse uma adaptação da obra literária do autor irlândes (a qual recomendo fortemente que você leia), mas uma história original. Afinal, apesar de ser bem pouco fiel ao livro, Drácula de 1931 estrelado por Bela Lugosi é sem dúvidas a versão cinematográfica mais conhecida do personagem até por aqueles que nunca assistiram o filme.

O filme começa com uma excelente sequência em que o advogado Reinfield chega à Transilvânia e é alertado pelos locais a não ir ao Passo Borgo, onde à meia-noite, a carruagem do conde o espera. Toda atmosfera criada nesse início é assombrosamente perfeita para contar a história. Desde a ambientação, interpretações, fotografia. Tudo funciona bem. O clima gótico criado para o castelo do temível vampiro  é certamente aterrorizante e a presença de cena de Bela Lugosi é forte e irretocável. O astro de origem húngara usa um sotaque carregado no conde que cai como uma luva e traz certa verossímilhança ao personagem. 

A trilha sonora do filme acompanha o perfil do protagonista e é sempre soturna, embora saiba ser mais estridente quando necessário e conveniente. Um excelente trabalho. Em materia de efeitos visuais, Drácula é surpreendentemente mais enxuto do que as outras produções, limitando-se à paisagens excelentemente pintadas no início, efeitos de fumaça e um morcego. 

É triste dizer que realmente falta tempo para trabalhar essa história, a duração do longa não permite um relacionamento do expectador com os demais personagens já que toda a história se desenrola sob a perspectiva do conde contando com raras cenas em que ele não aparece. Mas mesmo assim, Drácula é um filme de terror bem feito e icônico, que merece ser assistido com carinho e atenção.

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