Caso 39 - Terror Simples, Mas Bem Feito

Filmes de terror terão sempre um carinho especial no coração do público. É um gênero do cinema basicamente imortal. Todo ano sai ao menos uma produção. Todavia se você acompanha filmes de terror sabe que muitos deles nos decepcionam. Alguns até tem uma boa premissa, mas acabam se perdendo querendo inventar a roda. Mas as vezes encontramos uma grata surpresa e Caso 39, filme de 2009 protagonizado por Renée Zellweger, é um desses casos.

Sinopse: A idealista assistente social Emily Jerkins resgata a garotinha Lilith Sullivan de seus pais abusivos, passando a cuidar dela. Mais tarde, descobre que a menina não é tão inocente quanto parece, e que ela se envolveu numa situação mais perigosa do que possa imaginar.

Pra começar filme de terror para mim é filme que a história tem um vilão sobrenatural (vampiros, lobisomens, fantasmas, bruxas, demônios...). Filme que tem um vilão que mata todo mundo e você tranca ele numa casa, incendeia a casa com ele dentro e o cara não morre, não é filme de terror. Nada contra os fãs de slasher, até aprecio alguns filmes do gênero, mas ao meu ver, não configura terror pois não me causa nenhum tipo de pânico ou assombro ver um serial killer despedaçando corpos. Sendo assim, Caso 39 já me agrada de início. O filme tem um roteiro bem escrito e uma direção competente. Você fica bem imerso na atmosfera do longa e ansioso esperando pra ver o que vai acontecer. 

Há alguns toques interessantes quanto à fotografia que auxiliam no contar a história: No início do filme, Emily (Renée Zellweger) é sempre mostrada em lugares com cores quentes e vibrantes. Conforme a trama se desenrola e as coisas vão ficando mais aterrorizantes, Emily está sempre em ambientes de cores frias e escuras. Algo que pode parecer bobo, mas que ajuda a entrar no clima subconscientemente junto com a personagem.

Esse filme surpreendentemente tem um elenco pontuado por nomes interessantes. Além de Renée Zellweger, aparecem também Bradley Cooper, como o psicólogo infantil namorado de Emily, e Ian McShane (que é sempre bom de ver em tela) trazendo seu clássico ar paternal para o detetive Mike Barron, colega de trabalho e amigo pessoal de Emily. Mas é sem a menor sombra de dúvida Jodelle Ferland que rouba a cena como a pequena Lillith. A atriz faz bonito na atuação e impressiona como vilã, indo de psicopata a inocente num piscar de olhos e com uma naturalidade que poucos atores conseguem.

O ritmo do filme é confortável. Christian Alvart na direção distribui bem as cenas de terror e recheia as lacunas com um suspense crescente que fica bem montado sem arrastar ou correr demais. A trilha sonora também não faz feio. 

Caso 39 é um ótimo filme de terror. Não acontece nada de surpreendente em relação à outras histórias que você já tenha visto, mas certamente é bem feito e vai agradar os apreciadores do gênero.

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