Monstros Clássicos #5 - Frankenstein
Estamos na reta final! Este é o quinto e penúltimo filme dos monstros clássicos da Universal que assistimos e faremos análise (a análise anterior pode ser lida aqui). Frankenstein foi o segundo filme desse universo a ser lançado. A obra é de 1931.
Sinopse: O cientista Henry Frankenstein se isola em um castelo nas montanhas onde ao lado do seus assistente Fritz pretende trazer a vida uma criatura contruída por ele com partes de cadáveres. Quando o experimento funciona, Frankenstein e a vila precisam lidar com a monstruosidade assassina.
Confesso já de início que o monstro de Frankenstein é um personagem que nunca me chamou atenção. Para mim ele não tem o mesmo charme de Drácula (nosso próximo e último cápitulo) ou do Lobisomem, por exemplo. É um personagem que não fala, basicamente um ser assassino sem cérebro. Apesar das duras feitas críticas a Van Helsing - O Caçador de Monstros de 2004, esse foi o primeiro filme a tentar tornar o personagem mais interessante.
O filme até começa bem. Após uma breve apresentação à frente das cortinas (algo 123% desnecessário), vemos o Dr. Frankenstein e seu assistente bisbilhotando um funeral. Depois de concluído o enterro, os dois desenterram o corpo e o levam para seu castelo nas montanhas, e a obsessão do doutor em recriar a vida, brincando assim de Deus, consegue prender a atenção do expectador. O problema começa depois. Tão logo essa sequencia inicial tão bem feita termina, somos introduzidos à meia dúzia de personagens completamente desinteressantes e sem função alguma na trama. Que só servem pra encher linguiça e tomar tempo de tela daquele que devia ser o astro da fita: o monstro em si. Após conseguir dar vida ao ser "criado por suas próprias mãos", Henry o tranca em uma cela do castelo (por que?). O monstro em si tem pouquíssimo tempo de tela e infelizmente, devido a uma direção ruim, Boris Karloff não consegue aqui fazer um trabaho tão impecável e fantástico quanto em A Múmia. E daí em diante o filme segue bem sonolento e sem chamar atenção até o fim, onde ocorre a icônica cena do moinho em chamas (que é excelente).
Mas apesar de como entretenimento Frankenstein não convencer, técnicamente tem muita coisa boa nessa produção. O excelente uso de miniaturas e cenários pintados realisticamente é louvável e cria a atmosfera correta pra se contar uma história de terror. No final, Frankenstein não entretem como os demais filmes desse universo, mas vale assistir para não ficar de fora.
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